Hipercolesterolemia deve ser tratada com mudanças de hábitos e alimentares. Dieta saudável e prática regular de atividades físicas ajudam a controlar o aumento do colesterol.

MITO! A doença atinge cerca de 27% das crianças brasileiras. Pesquisas apontam, ainda, que o LDL aumentado (colesterol “ruim”) está presente em 19% no total de indivíduos entre 2 e 19 anos de idade.

Colesterol “ruim” alto é um problema sério que afeta não só os adultos, mas que vem crescendo progressivamente entre as crianças e adolescentes. Esse é um reflexo da mudança de hábitos que essas faixas etárias apresentaram nas últimas décadas, que se refere ao sedentarismo; alimentação rica em gordura e calorias; consumo abusivo de açúcares; entre outros.

Colesterol em si não é um vilão. Muito pelo contrário, essa substância é encontrada em nosso organismo e tem a função de contribuir no processo de formação da parede das células, de hormônios e vitaminas. Existem dois tipos de colesterol, o LDL, que é o “ruim”, e o HDL, o “bom”. O primeiro, quando elevado, pode acarretar em problemas cardiovasculares; já o HDL ajuda a removê-lo da parede dos vasos sanguíneos, devolvendo-o ao fígado, que o eliminará.

Infelizmente esse não é mais um problema só das pessoas com mais idade. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, cerca de 27% das crianças brasileiras estão com o colesterol elevado. O LDL representa 19% no total de acometidos entre 2 e 19 anos.

O colesterol alto em crianças costuma ser silencioso. Entretanto alguns sinais podem ser indicativos da necessidade de iniciar uma investigação:

  • Nódulos nos tendões ou na pele ao redor dos olhos e pálpebras;
  • Xantelasma (“bolinhas de gordura” nas pálpebras);
  • Anel cinza ou branco nos olhos;
  • Xantomas (nódulos nas mãos, joelhos, cotovelos ou calcanhar).

Embora haja tratamento medicamentoso, para as crianças com o colesterol alto, o mais indicado é focar na mudança de hábitos, que também serve para a prevenção da doença:

  • Manter uma dieta saudável;
  • Aumentar a ingestão de alimentos ricos em fibras;
  • Oferecer mais água e reduzir o consumo de bebidas adoçadas (sucos, refrigerantes, energéticos);
  • Eliminar ou, ao menos, reduzir o consumo de gordura trans;
  • Eliminar ou, ao menos, reduzir o consumo de alimentos industrializados e fast foods;
  • Reduzir o uso de telas;
  • Estimular a prática de atividades físicas e ao ar livre.

 Além do exame clínico, o Médico deverá solicitar exames laboratoriais para a conclusão do diagnóstico.